Na verdade, não sou aquela que jurava ser tua.
Sou aquela que tu nunca poderias ter.
Longe de ti faço o céu ser mais bonito, nos olhos de outros
que me espiam lentamente nas madrugadas de verão.
Sou iluminada e ao natural, até te dou um pouco de luz,
quando tu dissimuladamente me admiras,
num descuidado momento de ti.
Tu enganas a ti próprio. Tu finges viver.
Vais demorar muito ou talvez, pobre de ti, nunca conseguirás viver de verdade,
porque tu nunca respeitastes as leis da natureza,
muito menos tuas fases.
Não espere o tempo certo; ele não espera por ti.
Tu não és de verdade.
Nem eu...era.
Hoje, longe das tuas garras, sou o astro dos amantes em todas as estações,
primavera ou outono, aparecendo ou não.
Ai de mim que longe de ti derramo luz sobre a tua madrugada.
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