segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pranto




Gritos em silêncio sai no meio da tempestade chorada.

Soluços engasgam o desconhecido, travam o outro que não mais existe.

O outro, a outra coisa, que não pega mais, não come mais, não chuta mais, não olha para trás.

O amor ficou abandonado na escuridão pelas quatro horas sem razão.

Deixou de descansar na cama dos sonhos, para descansar na música do inferno.

O outro se foi sem olhar para trás.

O outro foi mais forte.

O outro engoliu o choro e deixou Ela aos prantos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gosto do seu texto. Ando por aqui faz algum tempo, mas só hoje criei coragem (nos dois sentidos) para escrever e me mostrar. Tímido e quieto por natureza, não gosto mesmo de me expor, mas hoje há em mim uma tristeza infinda e por isso, mais do que nunca, preciso ler, escrever, enfim, fazer algo que possa me manter vivo... (sei, vc. não tem nada a ver com isso...). Por isso, te escrevo e agora posso dizer: não vou me foder, posto que gosto muito do seu texto.
Um beijo e boa sorte.
Tião Maia

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