sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Irmãs da maldade




Aos olhos de outros ELAS se amavam loucamente, feito irmãs. Distribuíam sorrisos foscos para os lados, riam, falavam mil e uma besteira, tentavam ser engraçadas. Faziam de tudo para chamar atenção dos 'mais altos', é claro! Mas, esse filme já era manjado. Desde os tempos primórdios... um tempo, um mito, coisas que não se sabem de onde vieram, como vieram, ou se vieram. Não sabiam, só viam, assim e nada. 

O passado pregou e pregou bem seguro todos pecados nos, bichos sujos, seres humanos. E hoje bailam, divinamente, por aí diversos nomes nos salões das cabeças ocas.

O esforço era grande, mas as irmãs conseguiam muitas pessoas para encalhar o barco, todos os dias e a cada dia mais.
De longe, as pessoas que olhavam atentamente tentavam entender, não conseguiam, diziam doer muito, só falavam: meninas sem berço, coitadas!

Os bons, por sua vez, ignoravam-as completamente, os fracos as ajudavam, os abestalhados só encalhavam mais o barco e os mais fracos ainda, além de cavar sua cova, deixavam tudo para trás, seguiam iludidos, pensando eles dominar a situação, pobres coitados! 
Cavavam buracos e hipnotizados deitavam neles e sentiam a areia como o sufoco de um beijo eterno... A areia os engolia ao som fúnebre de gargalhadas diabólicas delas, deles... do mundo.
O amor exalava falsidade a torto e a direito.
De volta, as irmãs queridas, batiam a areia dos pés como se tudo não tivesse passado de uma gostosa brincadeira.
Seguiam sem manto, sem berço, para mais um dia, mais um sorriso amarelado pintado por um batom com gosto de ruindade.

Aos olhos de outros "ELAS" se amavam loucamente, feito irmãs. Mas, nunca enganaram quem assistia de pé o espetáculo trash.
Dos nomes, às cenas reais, uma luz, um drama, a falsidade deles, dELAS... irmãs da maldade.
Um quadro que nunca sairá de cena.

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