quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

NADA

Nada vinga.
Tudo se acaba,
tudo se destrói.
Um engolindo outro,
fazem do mundo um butantã
de pessoas peçonhentas,
comem, literalmente, uns aos outros.
Acabam, sem querer,
bem antes do final.
Arrancam de nós, sem dó.
Estrangulam,  matam, sufocam
enterram a força, sem piedade, nem identidade.
Miseráveis,
enquanto uns dormem para descansar a beleza,
outros para esquecer a fome que corroe o estômago,
fogem,
dormem,
sofrem.
Enquanto eles dão risadas falsas,
fartas,
diante de uma mesa cheia de bala,
outros clamam,
com lagrimas nos olhos,
um pedaço de osso,
uma migalha de pão,
uma panela cheia de comida no fogareiro.
Mundo que o pariu
Tanto sofrimento para uns
tanta luxúria para outros
Porque todo esse estrago?
Podridão por todos os lados.
Esgoto,
escroto,
dá nojo a desigualdade,
que se dá graças a maldade do ser
necessitado e ambicioso.

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