quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Recordações trêmulas

do vermelho o coração.
do branco à razão,
agarrada a três bolas de madeiras.
mãos secas ensanguentadas
seguravam madeixas escuras em uma trincheira.
soltos pelo mato cru, fiapos de cabelos sujos, 
davam vida aos mortos
e setenciavam morte aos vivos.
corpos jogados no conforto da integridade,
cansados pelos inúmeros não e sim do fim do dia.
nos cabides variedades de cores
ilustrando listas de utopias,
fios, ferramentas, tecnologias e o homem a falar. 
poder. 
sistema cruel.
fora, pelas pedras, conversas de dar medo
emoções, destruições, assuntos de matar e morrer.
uma vista vários olhares,
na gaveta as lembranças que não podem ser reveladas,
se abrem todos os dias, mas nunca confessam.
o dia abafa, entala o olhar
que espera uma decisão, 
pra finalizar, 
uma vida sem color barra.

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