Dias quentes,
Minha vida aos cantos.
Sufocado,
Assim se fora, até passar o pranto.
O clarão dos raios iluminando os mantos.
Aquele manto retalhado
Em pedaços de viagens.
Tanto almejou teu canto acalentar,
Acalmar o teu cansaço devorado por enganos.
Vem modesto inferno!
Calor dos meus sonhos.
Evapora por entre os poros meu desejo,
dilata meu nervo,
Engorda minhas vontades.
Malditos de-se-jos!
Lambuzados de quereres de matar.
Leva-me para o rio,
Por entre os córregos,
Inconstantes,
Carregados de fúrias,
Que corta cidades,
Arrasta impurezas,
Leva vidas para algum lugar...
Não se sabe ao certo onde ele chegará
E se o dia quente ainda irá esperar.
Mas, meu rio,
Sei que eu,
Mar,
Estou a te esperar.
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