segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Espetáculo de gente


 [olhar]
Não existe trupe,
Muito menos grupo.
Não existe o material.
Existe o ator e o público.
[perceber]
Para ele não há mágica,
Há mímica.
Não há fenômeno,
Há vida nas máscaras cênicas.
Nas máscaras há história.
Sem muita imaginação,
Há o cotidiano como escola.
Há tragédia,
Há romance,
Há comédia,
Sem epopéia.
[técnica]
Com ele as funções atuantes
Resume-se a um foco
Sem segredo:
Situação improvisada.
Apresentar uma cena
E despertar sentimentos
Na platéia,
Sem melopéia,
Sobeja a intensidade dos prazeres
Do “neguim” filho de um poeta.
[contemplar]
O lugar dele é onde se vai para ver,
Teatro.
Arte sem idade,
Espetáculo de gente.
Gente que ama
Ser livre de verdade,
Por os pés no chão de um palco
Cantar, dançar, encenar
E receber aplausos
Por emocionar povos
De diferentes culturas
Reunidas numa comunidade.
[experiência]
A arte dele não tem cor,
Não tem termo.
Tem experiência
Que gera significado.
Tem alegria,
Tem batuque
No setor de trabalho.
Tem mais que isso,
Amor de sobra
Até pra quem põe mandinga
E balança o chocalho.

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