segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Carta para Lira

"...jura me amar e não serei mais um Capuleto (...) Teu nome apenas é meu inimigo."
Shakespeare
Imagem: missmaid


Naquele dia, as tuas palavras
Foram bem mais que poesia.
Teus traços revelaram
Intrínsecos desejos.
Os mais libidinosos desejos.

Naquele dia, deixei a adrenalina
Tomar posse da minha matéria
E por vaidade, impulso sentimental
Ou idolatria pecaminosa,
Cortei os laços, as relações reais, imperiosas,
Os respeitos religiosos e até os costumes
Mais puros de uma princesa.

Naquele dia, deixei o teu pedido me guiar.
Cada palavra desenhada naquele papel
Ganhou vida dentro de mim.
Sem exitar, preguei  na moldura dos meus medos
A coragem que nunca havia manifestado.
E nas mãos de minha querida ama
Deixei o peso dos meus atos,
Deixei as sedas, as peças valiosas
E os meus íntimos segredos.

[Naquele dia]

Parti numa manhã orvalhada de saudades.
Levei somente a benção sincera
Daquela que me criou amorosamente.
...
Ama por tanto me querer bem,
Deixou-me escorregar livremente
Pelos campos embelezados na primavera,
Em busca de uma vida cheia de aventuras,
Desafios, conquistas... E amor de verdade.

Um comentário:

Gislene disse...

Bom dia Marisa,

Linda postagem.

Um abraço,

Gislene.

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