Navegar num seco qualquer

"Não permita Deus que eu morra..."

Gonçalves Dias

Não se trata de amor,

Não se trata de romantismo,

Se trata de bobeiras...

Sim, Bobeiras da vida amante,

Besteiras que cometemos em vidas errantes.

Mas será que realmente é errante?

E as malandrices que cometemos, nenhuma delas são por precisões?

E aos que pedem além do destino?

Aquele destino sofrível sem a lembrança de Deus.

Nós torcemos pelo melhor, sem ver, só crer... Seria útil toda súplica?

Eu sei...
É bonito demais em orações perpétuas ou em pensamentos caretas, né?

Mas agora astros do céu, com tudo isso, em qual marginal dormir?

Por qual catedral andar?

Em qual protestante ir?

Por qual destino seguir em pleno carnaval?

Cabe a nós o livre arbítrio... O poder de escolha mais influenciador que existe!!!

Então, mesmo assim continuarás?

Será que o trovadorismo ou o capitalismo sem uma ponta de romantismo se manifestará?

Ou será que para sempre o sentimentalismo invisível, lá pelas tantas da madrugada, vingará?

Só eu sei
Ou poderia acontecer com você naturalmente, sem fetiches ou feitiços?

Tudo pode seguir e ser bom, ser muito bom,

Aos olhos do vizinho fugitivo

Ou do amigo lá de cima: o criador Deus!

Né?

Por fim, navegamos em secos ou molhados,

Sem rimas, nem vaidades, guiados somente por vertentes escritas da verdade,
Aquelas que se encaixam bem, muito bem, nos seus dias inchados.