É bom pensar que pedaços nossos, hoje, quase estraçalhados, serão partes homéricas da história de algum outro dia, o qual não se sabe ainda.
Será?
Bom ou não, somos povo, somos bicho, bichos desse mundo hiperbólico.
Já dizia Lya Luft, em seu artigo, Um povo heroico, para a revista Veja, Março, 2011.
"Somos bilhões de formiguinhas aflitas correndo de um lado para o outro... Fazendo guerra, fazendo amor, fazendo filho, fazendo maldade, fazendo coisas belas e boas, fazendo loucuras, não fazendo nada, mas sempre nos achando importantes".
E é nessa necessidade de se fazer algo, a procura de benemerência, que muitos se perdem em surtos doentis pelo globo terrestre.
Enquanto descarrego conflitos diários, sem muito conhecimentos, ainda chove fortemente sobre o Rio Acre que segue farto, de um lado, banhando casas de humildes povos que choram dia e noite em vigília dentro d'agua, de outro, servindo de atração para imbecis, que agem sem compostura diante da desgraça.
Enquanto, do lado de cá, falamos/fazemos besteiras, e nelas acreditamos, do outro lado do mundo, muitos sofredores dão exemplos de vida e de conduta.
Dignidade, compostura e humildade, pode não ser tudo, mas é quase. Sejamos cuidadosos com o desconhecido, que de nós tanto precisa.
Sem preconceito, somos todos iguais e estamos neste mundo para servir uns aos outros, somente.
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