Na terça-feira o dia acordou meio doente, ou melhor, o sol não amanheceu, continuou deitado. O motivo? Era cinza, sem ser claro. A janela escancarada com reflexos foscos, tratou logo de incomodar cedo sem o cantar do galo, a minha cama alva e consequentemente meu corpo descalcificado. Meus olhos pediam preguiçosamente o escuro, minha mente gritava por socorro - Por favor, um buraco negro turvo! - ou fim de qualquer coisa, com mais tempo para que eu pudesse desfalecer um pouquinho, sem dor, sem furos, sem ácidos nem bactérias. Não teve jeito. Naquele momento quelato, eu era o dente. E antes do galo cantar o dia, a fera nebulosa da angústia me cariou todinha.
Meus dias cariados andam precisando urgentemente de um tratamento, caso contrário apodrecerão.
Meus dias cariados andam precisando urgentemente de um tratamento, caso contrário apodrecerão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário