quem eu sou?
eu não sou nada
minha vida foi toda perturbada
quebrei regras sem amor,
deixe flores sem rancor
as relações amorosas eu esmaguei,
nas familiares me ferrei
e as amigáveis até hoje eu não sei
a loucura me pegou com carinho
e eu gostei
a vida me arrastou pelo pé
e eu odiei
em breve os cabelos brancos
aparecerão e nada mudará
serei sempre
um velho safado
dono de uma vida virada,
lascada,
sem sapato,
olho embaçado,
só garrafas secas ao lado
e cigarros
sou um antigo amargo
sem razão,
mansão,
carteira gorda,
nem identidade
quem eu sou?
eu sou um senhor rabugento
sem certificado,
sem saudade;
um homem castrado
sem idade
sem idade
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