quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Um ponto de vista

Não espere a dor. Previna-se contra a dengue.

Pedindo socorro, assim encontra-se o Acre que mal ingressou no período chuvoso, hoje já passa por um estado de emergência quanto à dengue. A epidemia de dengue atingiu um nível descontrolado, sendo notificados até trezentos casos da doença por semana.
A proliferação do mosquito transmissor, Aedes Aegypti, já é seis vezes maior ao que estima a organização mundial de saúde, e diante dessa situação a Prefeitura já adotou medidas para tentar controlar a epidemia: com visitas domiciliares para tratar depósitos de risco e orientar os moradores sobre os cuidados a serem tomados; circulação efetiva nos bairros com o "fumacê" - aplicação do veneno para matar o inseto. Mas, toda essa ação não está sendo suficiente, pois os esgotos à céu aberto e as águas empossadas são, hoje, os maiores focos do mosquito. É preciso um investimento maior em saneamento básico, que além de diminuir a proliferação do mosquito irá melhorar a qualidade de vida de 83% das famílias acreanas que não possuem este tipo de política pública. É fundamental uma iniciativa rápida e vigente da Prefeitura, a qual está deixando a desejar.
Rio Branco enfrenta a pior situação de dengue em sua história, as estatísticas extrapolam o número esperado. A cidade está em alerta, vários tipos de campanhas estão sendo realizadas: nas escolas com palestras de conscientização e prevenção contra o mosquito; nos bairros a equipe da Secretaria Municipal de Saúde realizam reuniões com moradores, presidentes de bairros e membros dos segmentos de saúde das regionais de Rio Branco; nas ruas carros de som circulam com informações de prevenção, além de campanhas realizadas na televisão e no rádio.
Todas estas campanhas espalhadas nas mídias, nas escolas, nas ruas, com o intuito de um eficaz combate, não são suficientes, e a preocupação só aumenta, pois eis que o chamado "inverno amazônico", começa ameaçar e a tendência é aumentar  os casos registrados. Não dá pra ficar contabilizando os números de doentes. Não dá para ficar numa teoria sem prática. Todos devem se unir para reverter o cenário vivênciado.
Portanto, essa é a realidade de todo o país, onde a quantidade de notificações estão dobradas em relação à períodos anteriores. No entanto, há somente uma ação imprescindível: a conscientização de cada um.
A Prefeitura tem que começar a trabalhar com as duas mãos e não com uma só. E para amenizar a epidemia é primordial a colaboração da população, é claro, porque se cada um não se conscientizar o problema não vai diminuir. Não há culpados, apenas vítimas. Então, está não hora de trabalhar juntos, dar as mãos. A Prefeitura devagar está trabalhando, e você morador, está fazendo a sua parte? Cuide da sua casa, combata o foco do mosquito, não espere que o milagre proteja a sua família, proteja a você mesmo; uma casa limpa sem água parada, um quintal limpo sem garrafas, pneus velhos e a caixa d'água tampada é o mínimo que você pode fazer para garantir a sua vida e de muitos livre da dengue.

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