sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Inferno

Quando menos se espera o mais chega, sem coisas boas,
matando aos gritos o interno.
No meio de tudo eu caminho no nada,
sem poder cair morta ou viva.
De cabo à rabo me acompanha a angústia e a infelicidade.
Na pior, respiro por um fio
com uma corda no pescoço,
desesperada,
sem nenhuma mão, sem nenhuma ajuda…
mas, em compensação muitas gargalhadas.

Tiram o sério, tiram o sentido e deixam a loucura.

Vida insana que desisto, detesto.
Perco o fio, me entrego a corda... acorda!
Pois, cansei de fingir ter uma vida que nunca será minha.
Cheguei na estaca zero, da qual nem sei se saí.
Toda minha vida não passou de ilusão, passou de solidão.
Nem mesmo as letras, agora, me fazem bem.

Minha alma desiste,
meu corpo cansa…  de sentir.
Cansei de me importar;
                 tentar fazer sentido,
                 tentar ser importante pra alguém,
                 pensar,
                 martirizar,
                 tentar ser feliz… não sendo.
                 pedir pra ficar...
Pedir pra amar
Pedir pra não desacostumar a viver sem mim.
Cansei de cansar;
cansei de lembrar.
Não quero ligar.
Não vou voltar... Adeus.

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