sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

RIO


Pegadas marcadas na areia molhada
Retratam marcas de muitos que ali meditaram
E muitos que por ali passaram
Jogaram suas mágoas, angustias e felicidades.

O rio vai sem voltar
O destino saberá
Em que curso irá passar
Quantas casas irá encher
E quantos meninos irá banhar.

- Olha o barco!
Não é porto
Ele não pode parar,
Pois, rápido tem que navegar
Para a balsa chegar e muita gente atravessar.
Atravessar aquele montante de água
Que parece não mais acabar,
Mas, velho e por fim já está
Por culpa de muitos
Que amor não tem não.

Não sabes o valor que ele tem!
É o sustento da vida
E muita gente cega, vê.
Vê ele morrendo e ajuda a matar.

Lindo e sereno;
Voraz e agitado;
Calmo que trás a brisa;
Vez em quando mostra sua força.
Bem no fundo tem afogado um barco recheado de lendas e mitos que sempre bóiam...
Ah!
É um mistério que acolhe vários mistérios.

Dia de sol a brincadeira rola solta
Com banzeiro de dar emoção
E o balseiro com direito a muitas gargalhadas...
- Minino cuidado que água não tem cabelo!

Água não tem cabelo,
Mas, tem olho
Um olho que tudo vê e tudo sabe
Tudo guarda e tudo abriga
Esse olho até chora...
E este olho do rio
É o olho que fura a terra...
É o olho d’agua do mundo!

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