sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ventosas alegrias não vistas

a força da chuva
a dança da luz
o vento da lua deixa na alma um fio de sangue
em vida, a válvula de ouro
pelas portas impedidas, o sorriso sem graça
pela sala, pessoas que ali não estão
na mente, somente, frutos de ilusões
estendido no quarto, o velho colchão encardido
do sincero marido, que já partiu
mulher, uma atrás da outra
crentes, malditas, freiras, putas
a verdade não é dita
não tem boca
com insistência o barulho aumenta
a paciência de grande torna-se pequena
a inquietação toma de conta
a imensa vontade bagunça a grande possibilidade
de tudo e às vezes nada,
no nada se produz
e de não enxergar a humilde possibilidade
poucos sentem-se felizes num instante momento

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...