sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Azeitoneira













Na rua preta, do bairro Azeitonal, vivia Sabrina uma menina levada e divertida, que morava com a avó numa casa amarela cheia de janelas grandes, o espaço dava transmitia amor só ao olhar. A rua preta fazia faz jus ao nome no mês de agosto à setembro, ficava pretinha e manchada de rouxo com o suco dela esmagado no chão de tão madura que ficava. Mas no fundo do quintal de Sabrina era diferente lá tinha uma árvore especial. A azeitoneira da brincadeira, era enorme e dava frutos carnudos, todos ficavam ansiosos esperando aquele pé de azeitona começar a brotar os chamados pela meninanda, botões pretinhos.
Quando o pé de azeitoneira ficava carregado, a meninada da rua toda se reunia, lá no fundo do quintal da vovó de Sabrina. Na correria elas enchiam uma panela com água e sal, arrastavam o lençol de cor alegre da cama e corriam para a azeitoneira.
Os meninos, subiam no pé para tirar botões pretos e as meninas, abriam o lençol em baixo da árvore, seguravam as pontas e ficavam para lá e para cá, feito uma dança ensaiada, apanhando as azeitonas que caíam feito chuva do céu. Uma verdadeira chuva de azeitona preta. Depois todos aqueles botões gordinhos íam parar na panela com água e sal.
A alegria tomava de conta da molecada, que sentava em cima do lençol com a panela de azeitona no meio. Um pequenique era feito com muita azeitona.
O tempo rápido passava e cantando eles ficavam: “A patinha é muito indecente come tudo que vê pela frente me admiro ela não se engasgar pois nem dente tem pra mastigar, quá, quá, quá...”

A vovó sorria feliz numa cadeira a balançar na varanda, apreciando a brincadeira e cantando com a menina.

( texto criado para o "Brincou Dançou")

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