segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Imaginário


Inconstante imaginário,
vem e mostra a tua cara.
Não me importa se é da terra
ou se é da lua.

Vem meu extremo particular,
horripilante horizonte,
alucinante e confuso feito gente,
mísero pesadelo constante,
que me arrepia loucamente
e pulsa meu sangue caliente.

Vem alucinógeno!
Me mostra essa garra escondida,
por entre as teias da tua consciência.

Vem!
Mas, desta vez peço que faças uma prece,
para saberes a parte que ainda te cabe.
Aquela que um dia eu te dei
e que tu jogastes ao vento,
deixando ao relento,
meu coração despedaçado
feito migalhas misturadas ao pó
do esquecido amanhã.

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